quinta-feira, 10 de junho de 2010

Afogando problemas

Não sou daquelas que bebe todos os dias e que enche a cara quando pára para beber. Gosto de sentar em um barzinho com os amigos e perder a noção do tempo, ganhando horas de conversas, rindo de momentos, lembrando de tantos outros e debochando da vida. Coisa de rotina sabe, para dar aquela aliviada no cansaço da semana.

Mas e quando as coisas mudam, dá aquela revirada? Deixando tudo de pernas pro ar? Jogam a merda no Ventilador e a gente é atingido. Nossa cabeça fica a mil. São medos, problemas, inquietações, dúvidas. Tudo ao mesmo tempo. Deixa a gente ali, bem no limite da normalidade, no extremo.

Penso que é nessas horas que precisamos de um bom porre: para afogar tudo de ruim, perder a dignidade, bater numa cama e dormir que nem uma pedra, e no dia seguinte achar a dignidade e voltar a realidade um pouco mais leve.

Acho que só assim para dar uma acalmada nas preocupações e nos dilemas que estão aí.

Só me vêm à cabeça as falas do saudoso Ronaldo Marangoni, da aula de psicologia e das tantas conversas de corredor, explicando da necessidade de se extravasar de vez em quanto, para colocar as coisas no lugar. Que muitas vezes dá certo.

“Ou não”, acho que assim ele completaria. (RS)

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