segunda-feira, 31 de maio de 2010

De volta à terrinha: prepare seu kit sobrevivência para feriados

Se você é um daqueles que praticou êxodo rural e raramente volta a cidade natal, somente em datas comemorativas, feriados e aniversário de parentes; desacostumou com o ritmo da pequena e pacata cidade, se prepare: ai vem um feriado, e dos grandes.

Não que você não goste de sua cidade, mas se também acha que tudo lá não é mais a mesma coisa e as pessoas parecem ser todas estranhas, anota ae:

ü De segunda a quarta feira tente aproveitar ao máximo o seu quarto, no feriado você não terá um;

ü Compre vários remédios (calmante, pílulas falantes, dramim, aspirinas, etc), um para cada momento que sabe que precisará de ajuda, de preferência tarja preta, que com certeza, não vão falhar;

ü Separe alguns livros e se inscreva em uns concursos, isso afastará pessoas chatas que tentarão puxar assunto;

ü Carregue a bateria do seu Ipod e se certifique que todas as suas músicas estão lá;

ü Loque todos os filmes que não conseguiu ir a sessão. Também vale aqueles antigos que vale a pena rever;

ü Se informe do que vai passar na TV nos próximos dias, em feriados é impossível ver o que gostamos, ainda mais tendo tias noveleiras em casa;

ü Não esqueça seu notebook, ele será sua única ponte de comunicação. Mas não esqueça de deixá-los longe dos primos menores que ainda não sabem o que é vírus, muito menos esqueça de colocar senha, pirralhos são terríveis;

ü Leve apenas uma mochila com poucas roupas e um par de chinelos, é uma boa desculpa para voltar logo para casa.


Com tudo isso, acho que dá para sobreviver cinco dias em um lugar “novo”.

domingo, 23 de maio de 2010

Sua vida tem trilha sonora?

Definitivamente a minha vida tem trilha sonora, impossível se dizer o contrário já que estamos sempre escutando música, das mais variadas e de todos os estilos. Cada uma no momento adequado e de acordo com o nosso humor.


Vasculhando os arquivos aqui do PC tive mais convicção ainda disso. Sabe aquele dia que a gente para escutar aquelas playlists antigas? Foi exatamente isso que me ocorreu, tenho que confessar que foi super divertido, foi ótimo lembrar umas músicas que já não escutava mais e vai saber o motivo porque deixei. Em quanto outras a gente entende perfeitamente o motivo de ter caído no esquecimento.

Foi divertido escutar Space Girl e ter todo aquele feedback das festinhas americanas, dancinhas coreografadas e todo aquele ritmo alegre pré adolescente comemorativo, impossível não se sacudir na cadeira em quanto o som rolava. Backstreet Boys também era tudo nessa época. Alias, as boy bands antigas eram ótimas, tinham todo esse clima, hoje não vejo nenhuma que chegue perto.

O rock nacional antigo também era bem bacana, o que eram aqueles primeiros CDs do Skank?! O Ao Vivo em Ouro Preto é o melhor. Aqueles acústico que a MTV lançou foram todos sensacionais. Titãs, Legião Urbana, Cássia Eller, Rita Lee, Lulu Santos, Kid Abelha, Engenheiros do Hawai, Ira e tantos outros. No final acabaram virando novos playlists, foram todos pro Ipod, antigamente rodava no discman... rs


Algumas bandas reparei que entrava e saia ano e nunca saíram dos meus fones. Mas como deixar de ouvir Marisa Monte, Nando Reis, Cake, Beatles, Alanis Moressete, Joss Stone, Marron Five, Strokes, Nirvana, Scorpions, Rita Lee, Skank, Lenine, Zélia Duncan, Pato Fu? Mesmo que a maioria nem tenha lançado músicas novas, alguns nem existem mais, mas o som é ótimo. E mesmo que velhas, suas companhias ainda nos fazem muito bem para os ouvidos.


Agora, tem uns cantores e ritmos que nunca saem de moda, ou melhor, não tem tempo que os façam não serem atuais. Um bom samba e MPB escutamos desde que nascemos e por um bom tempo ainda vão fazer parte de nosso cotidiano.

Impossível viver sem música.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sem rumo

Tem dias que a gente fica assim, meio desnorteada, cabisbaixo, desatento para o mundo, com vontade de sumir. Sem rumo mesmo, por conta de alguns acontecimentos indesejados que nos pegam de surpresa e acabam nos pegando de jeito. Receber a notícia que dentro em breve você estará sem emprego é o que está me causando tudo isso.

A gente não sabe o que pensar, passa mil coisas em nossas cabeças. Está valendo a pena tudo isso que estamos fazendo até agora? Será que estou no caminho certo? Foi o curso certo? Aqueles cursos extras valeram o investimento? Valeram a pena todos os esforços? Tantas horas de estudos, estágios, congressos e palestras? Tenho pensando nisso o tempo todo nas ultima semanas.

Desde quando ainda estava terminando a faculdade os índices de mercado da área de comunicação já me assustavam. É uma área bem restrita, limitada e, principalmente, instável. Na mesma hora que você acha que encontrou um trabalho bacana, que está rendendo um bom trabalho e trazendo um retorno positivo, vem a notícia que não vai rolar mais. Que está tendo um corte nas despesas e o seu setor está sendo eliminado. Não trabalho em um setor, trabalho em um projeto que a prefeitura administra, e ouvi que o nosso projeto estava sendo encerrado. Pra mim deu tudo no mesmo, de um jeito ou de outro o impacto foi igual: sem emprego.


Nessas horas fico lembrado das falas de alguns profissionais que trabalhei e professores que me deram aula, “não se preocupa que pessoas como você conseguem trabalho rápido, não ficam paradas, o mercado absorve rapidinho”. Será? Será realmente que tem vagas a disposição para isso? E pessoas dispostas a manterem essas vagas?


No momento as únicas certezas que tenho são as dúvidas que ficam ecoando. Quando será que vou protagonizar meu comercial de margarina?

domingo, 16 de maio de 2010

Não sei como um dia consegui entender tudo isso

É engraçado voltar a estudar matemática depois de seis anos. Não se entende bulhufas de nada da pergunta e fica igual a um doido tentando entender como tal número foi parar naquele lugar da solução, de onde será que ele veio? O pior mesmo é pensar que um dia eu já consegui entender isso sabe, todas essas funções, equações, inequações, conjuntos, análises combinatórias e geometria. Naquela época aplicar bascara também era uma coisa bem simples.


Não desmereço todo esse conhecimento que nos foram passados ao longo do primeiro e segundo grau, mas não entendo por que cobram essas coisas em concursos já que ao longo da faculdade e em nosso cotidiano usamos muito pouco de porcentagem para calcular juros e uma coisa ou outra de geometria, o resto nada.

Chega a ser meio frustrante tudo isso, porque fico pensando que ao longo desses anos que se passou, minha inteligência foi regredindo para não poder entender tudo isso. Como que com aos 14, 15 anos, numa fase que ainda estamos crescendo e ainda vendo todo aquele turbilhão de informações e mil idéias brotando em nossas cabeças eu entendia tudo isso, e hoje mal consigo entender o que a pergunta da questão está querendo?

Acho que esse pessoal que elabora essas provas de concurso já faz de propósito, só para sacanearem a gente.


Fico me questionando se essas provas do jeito como estão hoje, nesses formatos, cobrando conteúdos que não vemos há um bom tempo, querem profissionais competentes, que realmente sabem atuar em suas áreas praticas ou se simplesmente gostam de preencher as vagas com aqueles nerds que decoravam tudo de todas as matérias e não eram bons em nada, apenas em decorar coisas.


Gosto de me iludir pensando que não, que ainda vou entender tudo isso e achar o verdadeiro motivo de cobrarem tudo isso. Mas como as provas de concurso ainda vão continuar cobrando todas essas matérias, é melhor eu continuar estudando e ver se consigo enfiar tudo isso de novo na minha cabeça, de onde eles jamais deveriam ter saído.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Da difícil arte de se criar um blog


Blogs na verdade são redes de comunicações pessoais dos mais variados temas, onde as pessoas escrevem sobre diversos assuntos de seu interesse que podem vir acompanhadas de figuras e sons de maneira dinâmica e fácil. Além de outras pessoas poderem colocar comentários sobre o que está sendo escrito.


É um dos meios de comunicação mais democráticos, em minha opinião, pois se tornou uma ferramenta onde pessoas trocam informações e conhecimentos de forma mútua. Numa maneira bem simples de se escrever, apenas relatando experiências ou colocando o critico que existe em cada um em prática. Com uma linguagem direta que deixa o leitor mais próximo do assunto.


Meus blogs favoritos são aqueles colaborativos, onde todos os membros postam, interagem e trocam experiências sobre assuntos de mesmo interesse. E recentemente fui chamada para participar de um. Achei super legal, afinal já faço parte e levanto a bandeira da blogosfera para incentivar a criação de novos blogs. Mas que nome por? Como será o layout?


Aff, ainda lembro a dificuldade que foi criar o nome deste e chegar ao presente layout. Foi quase uma semana queimando os neurônios para resumir em duas simples palavras que sofro da tão abençoada insônia (sim, abençoada, pois é de madrugada que trabalho e me concentro melhor) e minha cabeça fica a mil com os pensamentos.


O layout foi construido aos poucos, mudando uma coisa aqui outra ali, trabalhando nessa imagem como cabeçalho. Organizei melhor a disposição das coisas depois com tudo pronto e as cores definidas. Só depois de um ano é que ele ficou assim. Acho que ele tem um layout bacana hoje.


Acho que com esse novo vai ser nesse mesmo esquema: pensar num nome e ir trabalhando com o layout com o tempo. Mas aí é que está o q da questão, que nome por nesse colaborativo?


Tem que ser algo que tenha a cara de todos que vão participar e remeter ao que queremos, tem que ser algo bacana e que crie uma identidade, tem que ser algo que fale por si e, principalmente, ser algo que ainda não exista. Eis o maior problema e quase virando uma questão matemática. Já se foi uma semana, testamos uns seis nomes e apareceu na tela pela milésima vez que “o blog já existe”.


Que antipatia, tudo já existe. Daí comecei até a esculhambar nas tentativas, colocando os nomes que achava até improváveis, mas mesmo assim, todos já existiam. Como uma coisa que se tem como vantagem a facilidade de uso na forma de comunicação está sendo tão complicada. Se ainda fosse por falta de conhecimento de programação, mas não, é um simples nome.


E olha que nem foi por falta de verificar a disponibilidade em outros provedores. Me dá uma aflição toda vez que abro a página do WordPress e leio “Mostre quem você é! Comece um blog”. Ai, ai, queria já estar na fase das publicações.


Mas vamos ver no que vai dar isso, de qual vai ser o nome e quando é que vamos conseguir de fato colocá-lo no ar.

domingo, 9 de maio de 2010

Qual a sua religião?

Desde criança, escuto essa pergunta, "qual a sua religião?" e nunca entendi direito, ou nunca entrou na minha cabeça, se isso faz realmente alguma diferença na vida de alguma pessoa, na sua formação, sua índole.

Eu, sinceramente, acredito que não.


Minha família é católica, daquelas que gostam de se manter dentro de todas as tradições, ir à missa todos os domingos e mensalmente pagar o dizimo. E assim como todos, freqüentei ao catecismo quando pequena para poder fazer a primeira eucaristia e depois crismar. Confesso que tudo contra minha vontade, afinal que criança gosta de acordar às sete da manhã aos sábados para escutar as mesmas coisas que os avôs falam quase que diariamente.


Ir à missa aos domingos também não era muito agradável. Nunca conseguia entender o que o padre falava, parecia que ele falava com algo na boca, o som saia abafado e o sotaque era uma coisa complicadíssima. Mas acho que isso depois de um tempo dava pra ir pegando o jeito e compreendendo melhor o que aquele senhor sempre simpático falava, o que não entendia, e ainda não entendo, era porque a maioria das pessoas ia lá para repararem em tantas outras e ficarem julgando umas as outras. Olhando quem estava usando o que, se os filhos de fulano estavam lá ou simplesmente para irem lá e procurar algo para falar.


Bom pra quem já me conhece, não deu outra, acabei criando uma antipatia e acabei me afastando. Não exatamente pela religião, mas pelas pessoas, pela religião também por ela deixar que aquilo tudo continuasse, mas mais pelas pessoas que falavam e defendiam um ensinamento, mas na prática se contradiziam.


Fui crescendo e conhecendo as demais religiões. A literatura me ajudou muito, era legal ir descobrindo que existiam tantas outras e ir perguntando para a “parentada” sobre aquelas coisas todas que eu lia e eles não sabiam responder ao certo, sempre respondiam como era de acordo com a que eles conheciam e ainda me questionavam, “não prestou atenção na missa não?”. Se eu ainda conseguisse entender o que aquele senhor simpático tanto insistia em falar e o microfone que ele usava ainda não ajudava nada.


Depois de um tempo fui conhecendo um pouco mais sobre as outras, e fui vendo que todas tinham o mesmo problema: as pessoas que freqüentavam. E sabe como cheguei a essa conclusão? Conhecendo as pessoas dessas outras religiões.


Hoje meus melhores amigos são das mais variadas religiões: batista, espírita, umbanda, budista e também católico. Pessoas sensacionais e com ótimas cabeças e que reparam a mesma coisa, que religião não forma caráter.


Eu não costumo falar de religião, porque gera muitos atritos, mas ver pessoas infelizes, fracas, problemáticas, falando e fazendo tantas coisas "erradas" e usando a bíblia como muleta, me tira do sério. Citam trechos bíblicos para se alto definirem e justificarem seus atos. Se tudo vai mal, foi vontade divina, se tudo vai bem, também é porque Deus, ou sei lá mais quem ajudou. Esquecem que cada um tem o controle da sua própria vida, e que as conseqüências são por causas das suas escolhas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Com um chapeuzinho esquisito

Por que só percebemos que sentimos a falta de algo depois que acaba? Pois bem, é isso aí, estou formada ha pouco mais de um ano e ainda sinto falta de acordar pela manhã, muitas vezes mal humorada, e ir para a faculdade. Para simplesmente encontrar com os amigos, implicar com uns chatos e passar horas conversando sobre assuntos dos mais variados e improváveis possíveis, e no final do dia voltar de carona rindo durante todo o percurso.


Semana passada conversando com uma amiga que forma no final deste ano percebi que minha formatura adquiriu o peso que ela tem exatamente no momento que caminhei cerimonial à dentro. Na época com uma puta vergonha e escondida atrás de uma câmera, como sempre. Alias, ainda tenho essa mesma vergonha no meio de multidões.



Todo mundo usando aquela batinha bacana, com uma faixa da cor do curso e um chapeuzinho esquisito que mal parava na cabeça. Todo mundo rindo e se abraçando numa alegria que só. Cena inédita até então, já que as picuinhas da sala eram muitas.


Até aquele dia só tínhamos pressa de nos formar e acabar logo com aquele ultimo ano de faculdade que não é de Deus e é uma aflição total. Desde decidir o tema do trabalho de conclusão de curso (o famoso TCC) até o seu término. E ainda dar conta de todas aquelas matérias que ainda temos. O verdadeiro stress.


E hoje, sabe o que penso sobre tudo isso? Acho que faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito. Entrar naquela mesma sala de vinte e poucos alunos com apenas um homem, ver os grupos se formando e diariamente discutirem pelo mesmo motivo: o abençoado vento da Fonte Grande que junto trazia o dilema da porta aberta ou fechada. (Há há há, cada coisa)


Tudo isso só para uma única coisa, como me disse parte da família: “tu poderia se formar toda semana... só pela diversão”. Mesmo que usando novamente aquele chapeuzinho esquisito.

domingo, 2 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas

Assim como Batman, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Planeta dos Macacos, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, que Tim Burton deixa correr seus pensamentos, pegando tudo o que já existe e impõe a sua versão, que é mais sombria, em Alice no País das Maravilhas não foi diferente.

Alice é o mais novo projeto solidificado dos "Burtonverses", não seria um roteiro original, mas sim uma revisão de algo que já era sombrio, tornando ainda mais sombrio.


A história adapta contos e poemas escritos por Lewis Carroll e monta um cenário interessante: Alice (Mia Wasikowska), aos 19 anos, vai a uma festa e descobre que está prestes a ser pedida em casamento perante centenas de socialites. Ela então pede um tempo para pensar e deixa todo mundo com cara de interrogação. Enquanto corre, fugindo daquela situação constrangedora e pessoas que ela não gosta, vê um certo coelho branco de colete e relógio na mão e decide segui-lo. Cai, então, em um buraco e vai parar no País das Maravilhas.


Nada muito diferente da história que já conhecíamos. Mas o que mais me prendeu a atenção no filme e deu toda a graça da história, assim como nos demais filmes de Burton, foram os anti-heróis.

A recente versão e caracterização da Rainha Vermelha é simplesmente sensacional, e não teria melhor atriz para dar vida a personagem do que a mulher de Tim Burton, Helena Bonham Carter. Sua interpretação é impagável e transforma a Rainha em anti-herói, não uma vilã.

Mas enfim, eu recomendo o filme, vale muito a pena ver, é um filme super bem produzido. A fotografia: visualmente o filme é mais que maravilhoso. Tudo no filme é colorido, vivo e chamativo. Você olha para todos os lados, maravilhando-se. Cada elemento louco se encaixando no seu lugar e fazendo do País do Submundo um lugar lindo e perfeito. Apenas recomendo que não assistam em 3D, já que o filme não foi gravado para o formato, trabalhado apenas alguns efeitos na pós produção.


E o único ponto em que concordo com todas as críticas que li, é que a tal “famosa” dança do chapeleiro é deslocada da história, sem graça e destrói o clima do filme numa hora que era essencial manter a glória do filme.

Portanto, assim que forem assistir o filme, não criem tanta expectativa quanto a ela.