sábado, 23 de janeiro de 2010

Tudo novo, de novo

Sabe aquela sensação de medo e insegurança do primeiro dia de aula em uma escola nova que a gente não conhece nada nem ninguém? Que a gente achava que nunca mais teria?
Hunf... Pura ilusão.

Descobri que é a mesma sensação quando a gente troca de emprego. O mesmo frio na barriga por medo de fazer algo errado e pagar um mico, e a mesma timidez para puxar assuntos com os novos colegas.

Até mesmo os medos são iguais: não se sabe o que falar, se as pessoas são legais, se os coordenadores são carrascos, se as normas são rígidas, e por aí vai... Exatamente os mesmos que senti da mudança da escola primária para a fundamental.
Acabei lembrando como eu me isolei na época, sempre quieta no meu canto, sentada no fundo da sala e de preferência atrás de alguém mais alto para fazer uma pequena barreira.

Foi nessa mesma época que eu comecei a ter a fama de pessoa de cara séria.

Criança faz cada coisa né?!

Mas no final vi que não era só o sentimento que era igual, as pessoas e o ambiente também eram os mesmo. Continua tendo aquele colega que é o palhação e se entrosa rapidinho com a galera; outro que se passa por fodão na frente de todo mundo, mas nunca consegue fazer algo sozinho; outro que é o cara (não necessariamente com aquele estereótipo de nerd); um coordenador sério e exigente, outro que é o amigo da galera, mas não menos competente.

Tudo novo, de novo.

O resultado também não foi diferente.

Na segunda semana já tava todo mundo conversando; na hora do "recreio" todo mundo comendo junto, falando besteira e dando risadas; e acabamos descobrindo que temos muitos amigos em comum que vão acabar contando nossos podres para sermos zuados.
Pronto, ta lá formado mais uma vez um grupo de convivência diária.

Mas sabe o que é o mais legal disso tudo?! Até a saudade da turminha antiga é exatamente a mesma, ficando impossível não se lembrar deles diariamente.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Avatar


Ok, despois de um bom tempo sem fazer um post sobre filme, vamos lá, vamos ver se ainda consigo falar algo que preste ou que faça sentido sobre o assunto.

Toda a trama de Avatar se passa num futuro distante, quando o planeta Terra está explorando Pandora, um planeta distante que atrai a ganância de uma empresa mineradora, almejando o valioso unobtanium (uma pedra metida a besta de muito valor). Rico em fauna e flora, o planeta abriga também a cultura nativa Na´Vi, que é ameaçada pela expansão e exploração humana, pelo local. Nesse cenário, Jake Sully, interpretado pelo ator Sam Worthington, um fuzileiro naval paraplégico, chega para auxiliar uma equipe de cientistas, controlando a distância seu avatar: um corpo Na´Vi projetado para que ele possa se integrar à cultura local. Mas com os interesses crescentes no planeta (principalmente por uma habitante em especial) e a impaciência militar, em sua aproximação, Jake terá que escolher o lado que tomará no inevitável conflito.

Confesso que estava com o pé atrás para ver esse filme. Estava com medo de toda a especulação que estavam fazendo (ainda me lembro da decepção de Titanic). Mas James Cameron me deu um tapa com seu roteiro, produção e direção desse trabalho. Me surpreendi o quanto o filme ficou bom. Todas as críticas que tinha lido não exageraram em nenhum ponto. É fantástica toda a técnica e fotografia do filme. Justificando o porque de quase uma década de criação. Com mais de 400 milhões de dólares consumidos entre orçamento de produção, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e marketing.

Toda a natureza e animais retratados no filme é de uma beleza espetacular, em todos os detalhes, das pequenas plantas as arvores maiores. Com tons e cores fascinantes num volume absurdo de elementos em tela que nunca se sobrepõe aos personagens e seus dramas, nem mesmo no colossal embate do clímax da história.

Sem mencionar em toda a técnica que Cameron desenvolveu para a gravação. As câmeras e a tecnologia de performance criadas do zero são tão impressionantes que é literalmente impossível distinguir o que é real do que é modelo criado por computador

É realmente um filme que vale a pena ver, tanto pela sua história, estética e até conceitos ambientais que James Cameron aborda.

Mas fica a dica: vale muito a pena assistir em 3D. Acreditem, fica ainda mais bonito.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Diário de uma sobrevivente de férias

Sim, sobrevivente. Acho que é o melhor termo que encontrei para descrever como foi final de ano e início de férias lá de casa.

Tudo começou no natal, quando começa a chegar a parentada. Eles vão chegando aos poucos com todos os seus comentários e perguntas, daquele jeito sem noção que só parente faz. É tia querendo saber da sua vida, dando pitacos ne coisas que já estão certas, primos mais novos querendo competir, se gabando que já fazem isso ou aquilo (idiotas), avós perguntando quem são nossos novos amigos e de que famílias eles são (isso pq não moro mais na mesma cidade, eles nunca sabem de quem se tratam... rs), tios bêbados nos abraçando. Enfim, aquela coisa.

De noite então a coisa melhora. Sempre aquele monte de colchões espalhados pela casa inteira, inclusive na varanda, para caber todo mundo. Ne uma casa que não tem forro, então já viu né, o sono nunca é tranquilo. É tio roncando, gente peidando por todo lado e andando sempre na ponta dos pés para não pisar em ninguém, quase um campo minado.

Sem contar nos mosquitos, porque vai gostar de passar natal em sítio assim, que nem a minha família, em outro lugar.

E assim vai até o dia 27 de dezembro, depois... Vamos a la praia oh oh oh oh oh!
Essa hora é a mais tensa para mim, admito, pq é quando todo mundo junta na casa da minha mãe. A única da família que teve coragem de morar no litoral. A casa é ótima, super confortável, mas para 4 pessoas morarem.

Imagina como foi ficar numa casa com espaços relativamente pequenos e com mais ou menos uns 14 parentes juntos? Porque é uma residência, com todos os móveis que se tem, não uma simples casa de verão com coisas básicas.

Perdi meu quarto, tomar banho era uma luta, sempre tinha fila para o banheiro (olha que eram 3), acordávamos com cheiro de comida, a TV sempre em volume altíssimo, pelo menos 5 pessoas falando ao mesmo tempo, celulares tocando em comunhão, deitar na rede da varanda sempre era uma missão impossível...

Até que chega o reveilon. Particularmente não gosto da data em questão, prefiro sempre passar dentro de casa e de preferência dormindo. Mas quem disse que consigo?

É mãe fazendo drama que a gente já fica o ano todo longe e irmãs falando que sempre tem um pra estragar tudo. Lá vou eu para a praia, com todo aquele povo pisando na gente, esbarrando suadas, areia batendo nas canelas e as garrafas de cidras das adjacências já a postos. Acho que nem precisa contar o resto né. Mas na volta para casa o melhor detalhe da noite. Nada como uma cotovelada no olho. Olha que coisa boa de ano novo.

Enfim... Como é bom estar de volta em casa e no meu quarto!