quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Diário de uma sobrevivente de férias

Sim, sobrevivente. Acho que é o melhor termo que encontrei para descrever como foi final de ano e início de férias lá de casa.

Tudo começou no natal, quando começa a chegar a parentada. Eles vão chegando aos poucos com todos os seus comentários e perguntas, daquele jeito sem noção que só parente faz. É tia querendo saber da sua vida, dando pitacos ne coisas que já estão certas, primos mais novos querendo competir, se gabando que já fazem isso ou aquilo (idiotas), avós perguntando quem são nossos novos amigos e de que famílias eles são (isso pq não moro mais na mesma cidade, eles nunca sabem de quem se tratam... rs), tios bêbados nos abraçando. Enfim, aquela coisa.

De noite então a coisa melhora. Sempre aquele monte de colchões espalhados pela casa inteira, inclusive na varanda, para caber todo mundo. Ne uma casa que não tem forro, então já viu né, o sono nunca é tranquilo. É tio roncando, gente peidando por todo lado e andando sempre na ponta dos pés para não pisar em ninguém, quase um campo minado.

Sem contar nos mosquitos, porque vai gostar de passar natal em sítio assim, que nem a minha família, em outro lugar.

E assim vai até o dia 27 de dezembro, depois... Vamos a la praia oh oh oh oh oh!
Essa hora é a mais tensa para mim, admito, pq é quando todo mundo junta na casa da minha mãe. A única da família que teve coragem de morar no litoral. A casa é ótima, super confortável, mas para 4 pessoas morarem.

Imagina como foi ficar numa casa com espaços relativamente pequenos e com mais ou menos uns 14 parentes juntos? Porque é uma residência, com todos os móveis que se tem, não uma simples casa de verão com coisas básicas.

Perdi meu quarto, tomar banho era uma luta, sempre tinha fila para o banheiro (olha que eram 3), acordávamos com cheiro de comida, a TV sempre em volume altíssimo, pelo menos 5 pessoas falando ao mesmo tempo, celulares tocando em comunhão, deitar na rede da varanda sempre era uma missão impossível...

Até que chega o reveilon. Particularmente não gosto da data em questão, prefiro sempre passar dentro de casa e de preferência dormindo. Mas quem disse que consigo?

É mãe fazendo drama que a gente já fica o ano todo longe e irmãs falando que sempre tem um pra estragar tudo. Lá vou eu para a praia, com todo aquele povo pisando na gente, esbarrando suadas, areia batendo nas canelas e as garrafas de cidras das adjacências já a postos. Acho que nem precisa contar o resto né. Mas na volta para casa o melhor detalhe da noite. Nada como uma cotovelada no olho. Olha que coisa boa de ano novo.

Enfim... Como é bom estar de volta em casa e no meu quarto!




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