domingo, 21 de março de 2010

Fotografia: nostalgia e catarse

É incrível como existem perguntas que nos fazem pensar por horas.

Essa semana me fizeram uma dessas. No momento achei melhor não responder, mas se me perguntassem de novo para resumir a fotografia em palavras, acho que as melhor a descrevem são nostalgia e catarse.


Nostalgia pelo pesar despertado pela lembrança, ou em outras palavras, a boa e velha saudade. Aquele leve sentimento despertado pela lembrança de alguém muito querido, de lugar agradável, de uma época boa, ou até mesmo tudo isso junto


Catarse pela descarga de sentimentos e emoções que afloram com a carga emocional que carregam.


Meio intelectual né?! Também achei, mas pensei mesmo por uns dias para chegar a essa resposta, fazendo até uma breve pesquisa aqui nos livros de fotografia que tenho. E achei umas coisas interessantes que cada vez mais me levavam a chegar a essas palavras:


“Percorrer com os olhos uma fotografia é uma sensação fascinante. Uma experiência instigante para quem gosta de recuperar o passado, uma aventura silenciosa, uma viagem no túnel do tempo.” (Rubens Fernandes Filho


“De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa pra sempre o instante preciso e transitório. Lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo , uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-las voltar. Não podemos revelar ou copiar a memória.” (Henri Catier-Bresson)


Mas o mais bacana de se pensar em fotografia e ver toda a sua dinâmica são ver como todos esses sentimentos são transmitidos de forma tão subjetiva e indireta. Não há nada que esteja obvio como uma afirmação transcrita. Na fotografia está tudo nas entre linhas, na percepção individual de cada olhar.


Bem resumiu Leoni em um verso de sua música, “o que vão ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia”...

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