quarta-feira, 5 de maio de 2010

Com um chapeuzinho esquisito

Por que só percebemos que sentimos a falta de algo depois que acaba? Pois bem, é isso aí, estou formada ha pouco mais de um ano e ainda sinto falta de acordar pela manhã, muitas vezes mal humorada, e ir para a faculdade. Para simplesmente encontrar com os amigos, implicar com uns chatos e passar horas conversando sobre assuntos dos mais variados e improváveis possíveis, e no final do dia voltar de carona rindo durante todo o percurso.


Semana passada conversando com uma amiga que forma no final deste ano percebi que minha formatura adquiriu o peso que ela tem exatamente no momento que caminhei cerimonial à dentro. Na época com uma puta vergonha e escondida atrás de uma câmera, como sempre. Alias, ainda tenho essa mesma vergonha no meio de multidões.



Todo mundo usando aquela batinha bacana, com uma faixa da cor do curso e um chapeuzinho esquisito que mal parava na cabeça. Todo mundo rindo e se abraçando numa alegria que só. Cena inédita até então, já que as picuinhas da sala eram muitas.


Até aquele dia só tínhamos pressa de nos formar e acabar logo com aquele ultimo ano de faculdade que não é de Deus e é uma aflição total. Desde decidir o tema do trabalho de conclusão de curso (o famoso TCC) até o seu término. E ainda dar conta de todas aquelas matérias que ainda temos. O verdadeiro stress.


E hoje, sabe o que penso sobre tudo isso? Acho que faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito. Entrar naquela mesma sala de vinte e poucos alunos com apenas um homem, ver os grupos se formando e diariamente discutirem pelo mesmo motivo: o abençoado vento da Fonte Grande que junto trazia o dilema da porta aberta ou fechada. (Há há há, cada coisa)


Tudo isso só para uma única coisa, como me disse parte da família: “tu poderia se formar toda semana... só pela diversão”. Mesmo que usando novamente aquele chapeuzinho esquisito.

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